Autor: Eça de Queirós
Género: Romance
Sinopse:
Trata-se da obra-prima de Eça de
Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura
narrativa portuguesa. Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e
pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações.
É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise
social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de
uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última
geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria
Eduarda.
Mas a história é também um
pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível
político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde
perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o
desengano de todas as personagens.
Opinião:
Eu fui das poucas pessoas que
escapou à leitura obrigatória de Os Maias no secundário. Em substituição dei A
Relíquia do mesmo autor. Para ser sincera já não me lembro muito da história
mas penso ser mais apelativa ao público mais jovem.
As opiniões sobre Os Maias eram muitas, havia pessoas que adoraram e pessoas que odiaram e eu queria muito conhecer esta obra de um que é considerado dos maiores autores portugueses.
A minha relação com esta obra nem sempre foi fácil, achei o início interessante, a parte em que conhecemos a história da família Maia. Mas desde este ponto, em que começamos a acompanhar o crescimento de Carlos comecei a achar o livro um pouco mais chato em algumas partes. Depois voltei a gostar mais e a achar mais interessante na parte em que conheceu Maria Eduarda. E a partir daqui apreciei muito mais a leitura.
Gostei muito de como o romance se foi desenvolvendo, embora o final tenha sido um pouco triste, mas bastante compreensível. O Ega foi uma personagem da qual não gostei muito, já não simpatizava muito com ele mas quando disse que era a favor da escravidão foi a gota de água.
Sinto que não apreendi tudo o que esta obra tem para transmitir, estou a pensar em pegar num daqueles guias de leitura que há para os alunos, para tentar entender mais algumas coisas. Mas apesar de tudo gostei bastante.
No entanto, não concordo nada que este seja um livro de leitura obrigatória no secundário. É um livro denso, com algumas descrições, a história não é muito interessante do ponto de vista da maioria dos adolescentes. Enfim, não é das leituras mais fáceis, muito menos para quem não está habituado a ler. Em Portugal ainda há muitos jovens que não têm interesse nenhum pela leitura, e acho que as leituras obrigatórias poderiam ter um papel muito importante para mudar esta mentalidade, se fossem adequadas às faixas etárias, com histórias que fossem do agrado da maioria dos alunos. Penso que obras complexas como esta ou O Memorial do Convento não ajudam em nada para que se aumente o gosto dos jovens pela leitura, bem pelo contrário, podem considerar que todos os livros podem ser tão "difíceis e secantes" como estes e levarem a que criem aversão à leitura.
Olá Sara,
ResponderEliminarEu fui das pessoas que tive que ler o livro no secundário e devo confesso que só o terminei à terceira tentativa e mesmo depois do ano lectivo terminar (por teimosia).
Na altura não desgostei e é daqueles livros que quero reler (ando a dizer isto já há uns 2 ou 3 anos) porque acho que agora vou adorar.
Partilho da tua opinião. Acho que com aquela idade (15/16/17 anos) não temos maturidade suficiente para lermos Os Maias. Percebo que seja a melhor obra do Eça mas poderia-se escolher uma mais acessível.
Não fui do tempo do Memorial do Convento mas sim da A Aparição... um dos maiores traumas literários da minha vida! Acho que nunca vou gostar do livro!
Beijinhos
Olá Tita
EliminarPois, acho que estes livros devem ser lidos por vontade própria e não por obrigação.
Eu até gostei bastante mas acho que se lesse por minha iniciativa ia gostar ainda mais. Também quero reler um dia.
Não sei de que se trata sequer eheh,
Beijinhos
Olá,
ResponderEliminarOlha tenho que experimentar, quem sabe não venha a adorar e embora compreenda que possa se de leitura obrigatória, afinal é um dos grandes nomes da nossa literatura, acredito que não seja fácil para os jovens....eu safei-me andava sempre mais concentrado em namorar quando estudava ehehe
Bjs e boas leituras
Olá
EliminarEspero que gostes quando experimentares :)
Eheh, também é preciso;)
Beijinhos e boas leituras
Eu adorei mesmo o livro quando o li!! xp
ResponderEliminarBeijinhos e boas leituras!
É muito bom :)
EliminarBeijinhos e boas leituras
Olá Sara,
ResponderEliminarTenho mesmo que ler Eça e principalmente este livro e O Crime do Padre Amaro.
Gostei da tua opinião.
Beijinhos e boas leituras.
Olá Carla
EliminarEspero que gostes
Beijinhos e boas leituras
Eu tive de o ler e devo ter sido a única pessoa na turma que gostou. Achei o início aborrecido mas com o desenrolar da história fui gostando cada vez mais!
ResponderEliminarMas concordo, são livros muito densos para obrigarem a ler no secundário. Só fazem com que o gosto pela leitura fuja mais.
Vai mesmo melhorando :)
EliminarExato, só afugenta mais
Olá,
ResponderEliminarFui obrigada a ler o livro e sinceramente não percebi algumas coisas que só entendi mais tarde quando analisámos a obra.
Sou a favor que se leia autores portugueses mas não acho que "Os Maias" sejam uma boa escolha. Para incentivar os mais novos a gostarem de ler devem começar por algo mais atual, algo que lhes agrade.
Beijinhos
Olá
EliminarPois, acho que me escapou alguma coisa, principalmente a nível da política.
Exato :)
Beijinhos
Adoro Eça de Queiroz, já li vários livros deles mas tenho de concordar contigo - Os Maias é relativamente denso para leitura obrigatória no 11ºano.
ResponderEliminarBoas leituras :)
http://ocantinhodoslivrosangie.blogspot.pt/
Eu tenho de ler mais dele agora :)
EliminarBoas leituras