Os Ladrões de Cisnes - Opinião

Título: Os Ladrões de Cisnes

Autor: Kostova

Editor: Suma de Letras

Edição/ reimpressão: 2010

Género: Romance

Páginas: 624







Sinopse:

O psiquiatra Andrew Marlow tem uma vida pacata e organizada, compensando a solidão com a dedicação ao trabalho e ao passatempo da pintura. Esta ordem é destruída quando o célebre e carismático pintor Robert Oliver ataca um quadro na Galeria Nacional e se torna seu paciente.
Internado numa instituição psiquiátrica, o pintor remete-se ao silêncio absoluto e recusa-se a revelar as razões que o levaram a atacar a obra de arte que retrata o corpo nu de uma mulher subjugada por um grande cisne branco. A única coisa que Oliver faz é desenhar repetidamente a figura misteriosa de uma bela mulher vestida à moda do período vitoriano. 
Desesperado por compreender o segredo que atormenta o génio, o psiquiatra embarca numa viagem que o leva a conhecer as mulheres da vida de Oliver e a descobrir um trágico segredo esquecido há mais de cem anos. À entrada do labirinto, Marlow não sabe ainda que também ele será acometido por uma estranha obsessão.

Opinião:

Desde que me ofereceram este livro que fiquei com muita vontade de  o ler, por ser da mesma autora de O Historiador, que apesar de eu ainda não conhecer é bastante aclamado. Por isso tinha algumas expetativas.

Robert Oliver é um pintor relativamente conceituado que foi preso por tentar atacar um quadro. Andrew Marlow é o psiquiatra que fica encarregue de o tentar ajudar a nível psiquiátrico, mas como Robert se recusa a falar, Marlow tem de descobrir como o pode ajudar através de outras maneira menos comuns, acabando por se embrenhar na vida do seu paciente.

Comecei por achar o início um pouco confuso e pouco interessante. As cartas que foram aparecendo eram também pouco interessantes, apesar de se ir explicando a sua importância acho que podiam ter começado numa fase mais avançada.

Não gostei muito de Marlow, a sua personalidade não me cativou de todo, não o achei um bom profissional (pouco se mostrou do seu desenvolvimento como psiquiatra em si) e também não apreciei muito o facto de sentir algum desejo logo que via e/ou falava com alguma mulher.

Há algumas referências a que Robert tenha um certo diagnóstico psiquiátrico, mas nunca é referido o seu nome, passam sempre essa parte à frente, de maneiras que realmente não fazem sentido para mim. Ficamos sem saber realmente o que é que ele tem.

Este livro também faz muitas referências à arte, sendo a pintura a principal. É uma área que eu pessoalmente não aprecio muito, nem gosto nem deixo de desgostar, mas para quem gosta penso que possa ser um livro interessante.

A parte que achei mais interessante foi a descoberta do passado de Robert, foi realmente a parte da história que mais gostei. Mas depois o seu final achei muito sem nexo, irreal e pouco credível.

Achei que este livro teve demasiadas histórias. A escrita da autora também não me fascinou. Mas continuo com vontade de ler O Historiador porque através das opiniões que vi este livro não lhe chega aos calcanhares.

Apesar de tudo isto não foi um livro que me custasse a ler, mas não me encheu as medidas. Mas penso que quem aprecie pintura possa gostar bastante.